domingo, 14 de dezembro de 2008

1901

Jean Henri Dunant
(8 de Maio de 1828, Genebra — 30 de Outubro de 1910), também conhecido como Henry Dunant ou Henri Dunant, foi um filantropo fundador da Cruz Vermelha.
Recebeu o Prémio Nobel de Paz em 1901, juntamente com Frédéric Passy.
Inicialmente um homem de negócios, foi representante de uma companhia genovesa. Enfrentando alguns problemas no que diz respeito à exploração das terras e numa tentativa de solução desses mesmos problemas, decidiu dirigir-se pessoalmente ao imperador francês Napoleão III, que na época se encontrava em Itália dirigindo o exército francês que juntamente com os italianos tentava expulsar os austríacos do território italiano. Ao presenciar o sofrimento na frente de combate na Batalha de Solferino em 1859, Dunant organizou de imediato um serviço de primeiros socorros. Desta sua experiência resultou o livro Un souvenir de Solferino, publicado em 1862, onde sugeria a criação de grupos nacionais de ajuda para apoiar os feridos em situações de guerra, e propunha a criação de uma organização internacional que permitisse melhorar as condições de vida e prestar auxílio às vítimas da guerra.
Em 1863 fundou a Cruz Vermelha Internacional, reconhecida, no ano seguinte, pela Convenção de Genebra.
De personalidade altruísta, Dunant não teve sorte nos seus negócios, acabando por se isolar em Heiden, na Suíça. Após adoecer, esteve internado no hospital desta vila Suíça, onde veio a falecer em 1910.
Entre outros prémios, Dunant recebeu de Portugal a Ordem de Cristo, em 1897.
Humanistarista e homem de negócios suíço nascido em Genebra, um dos primeiros vencedores do Prêmio Nobel da Paz (1901) como o filantropo fundador da Cruz Vermelha Internacional (1863) e promotor da Convenção de Genebra (1864), dividido com o pacifista francês Frédéric Passy. De uma família de forte tradição religiosa, teve educação humanitária e cívica. Dedicou grande parte de sua juventude a atividades religiosas até que passou a viver tempo integral como representante da Associação Cristã dos Homens Jovens e viajou pela França, Bélgica e Holanda. Na idade adulta tornou-se um grande homem de negócios como representante de uma companhia genovesa, a Companhia das Colônias de Sétif na África do Norte e Sicília. Enfrentando alguns problemas em um negócio de exploração das terras, dirigiu-se pessoalmente ao imperador francês Napoleão III, que na época se encontrava em Itália comandando o exército francês em apoio aos italianos na tentativa de expulsar os austríacos do território da Itália. Ao presenciar o sofrimento na frente de combate na Batalha de Solferino (1859), organizou de imediato um serviço de primeiros socorros. Desta sua experiência resultou o livro Un souvenir de Solférino (1862) onde sugeria a criação de grupos nacionais de ajuda para apoiar os feridos em situações de guerra e propunha a criação de uma organização internacional que permitisse melhorar as condições de vida e prestar auxílio às vítimas da guerra. Em seguida participou da comissão criada pela Société genevoise d'utilité publique (1863) para estudar a viabilidade da proposta que resultou na fundação da Cruz Vermelha Internacional, reconhecida, no ano seguinte, pela Convenção de Genebra. De personalidade altruísta e com seus negócios em declínio de pois da quebra da Sétif (1867-1875), acabou por se isolar em Heiden (1895), próxima de Genebra, na Suíça e posteriormente internado no hospício desta vila suíça, veio a falecer. Entre outros prêmios, recebeu também a Ordem de Cristo de Portugal (1897) e publicou outros livros como Notice sur la Régence de Tunis (1858), L'Esclavage chez les musulmans et aux États-Unis d'Amérique (1863).

Frédéric Passy
Político pacifista e jurista de formação francês nascido em Paris, onde viveu os noventa anos de sua vida, um dos dois primeiros laureados com o Prêmio Nobel da Paz (1901) por ter sido o presidente fundador da primeira organização pacifista de seu país, a Société Française pour la Paix, dividido com o genovês Jean Henri Dunant. De uma família de tradição na administração civil francesa, um seu tio, Hippolyte Passy (1793-1880), integrou o gabinete de Louis Philippe e Louis Napoleon, formou-se em leis e entrou na administração civil aos vinte e dois como um contador no Conselho Estatal, e depois que três anos passou a estudar economia. Publicou sua primeira obra como um economista teórico com Mélanges économiques (1857), uma coleção de composições que lhe deu reputação acadêmica na Universidade de Montpellier, onde publicou mais outros volumes dissertando em assuntos econômicos. Por estas contribuições, foi eleito (1877) para a Académie de sciences morales et politiques, do Institut de France. Fundou a Ligue Internationale de la Paix (1867), depois a Société d'arbitrage entre les Nations, aceita pela ONU (1870). Foi eleito para a Câmara de Deputados (1881), reeleito (1885) mas derrotado na eleição seguinte (1889). Na Câmara ele apoiou legislação favorável para trabalho, especialmente um ato relativo a acidentes industriais, contrário a política colonial do governo, traçou uma proposta para desarmamento, e apresentou uma resolução em que pedia arbitragem para disputas internacionais. Co-fundador de l'Union Internationale pour la paix com o também Prêmio Nobel da Paz (1903) William Randal Cremer (1828-1908), uma comissão parlamentar bi-partite para reaproximação França-Inglaterra (1889), morreu em Neuilly-sur-Seine. Em sua obra escrita também destacaram-se Leçons d'économie politique (1861), La Démocratie et l'instruction: Discours d'ouverture des cours publics de Nice (1864), Les Machines et leur influence sur le développement de l'humanité (1866), Malthus et sa doctrine (1868), l'Histoire du travail: Leçons faites aux soirées littéraires de la Sorbonne (1873), De la propriété intellectuelle (1859), La démocratie et l'instruction (1864) e Peace Movement in Europe (1896), Pour la paix: Notes et documents (1909) e Sophismes et truismes (1910).

1902

Élie Ducommun
Jornalista, conferencista eloqüente, poeta pacifista e histórico maçon suíço nascido em Genebra, secretário honorário do Secretariado Internacional da Paz, em Berna, e Prêmio Nobel da Paz (1902), dividido com Charles Albert Gobat. Filho de um fabricante de relógios, desde cedo mostrou-se talentoso e de notável inteligência e completou os estudos básicos na Académie de Genève aos dezessete anos e passou a trabalhar como tutor para uma família rica da Saxônia, onde permaneceu durante três anos e ficou especialista no idioma alemão. Ao voltar a Genebra, ensinou escolas públicas durante dois anos e, aos vinte e dois anos, começou (1855) sua carreira jornalística trabalhando na redação de um diário político, o Revue de Genève. Dez anos depois (1865) mudou-se para Berna onde ele fundou o diário radical, Der Fortschritt, também foi publicado em francês com o título de Progrès. Continuando no jornalismo começou a editar (1868) a folha de notícias Les États-Unis d'Europe, publicada pela Ligue internationale de la paix et de la liberté, editou Helvétie (1871-1872) e depois (1891) tornou-se chefe da Permanent Peace Bureau, onde preparou e editou importantes folhetos, relatórios, notícias, jornais, especialmente para as sociedades de paz e os congressos de paz internacionais. Também foi uma importante figura política e um grande executivo empresarial. Em Genebra foi membro do Conselho Principal durante nove anos (1956-1965), vice-chanceler (1857) e chanceler do cantão de Genebra (1862) e em Berna foi membro do Conselho Principal durante dez anos. Durante muitos anos (1875-1903) foi secretário-geral da via férrea de Jura-Berna-Lucerne, depois de uma fusão chamada de linha Jura-Simplon, aposentando-se do cargo quando da sua estatização (1903). Morreu aos 73 anos de uma doença nos pulmões e coração, em Berna. Entre suas publicações destacaram-se Derniers sourires: Poésies précédées d'une notice biographique (1908), Discours sur l'œuvre de la paix prononcé à Genève (1893), Précis historique du mouvement en faveur de la paix (1899) e Sourires: Poésies (1887).

Charles Albert Gobat
Suíço nascido em Tramelan, Prêmio Nobel da Paz (1902) como secretário honorário do Secretariado Internacional da Paz em Berna, dividido com Élie Ducommun. Filho de um pastor protestante e o sobrinho de Samuel Gobat, um destacado missionário que se tornou o bispo de Jerusalém, foi um estudante brilhante e passou pelas universidades de Basel, Heidelberg, Berna e Paris, e obteve seu doutorado em leis, summa cum laude, em Heidelberg (1867). Abriu um escritório em Delémont, cantão de Berna, e dedicou integralmente os quinze anos seguintes a prática e ao estudo dos direitos, inclusive com uma dissertação em direito civil francês, na Universidade de Berna. Depois (1882), passou a se interessar crescentemente por política e educação. Foi superintendente de instrução pública para o cantão de Berna durante trinta anos, comportando-se como um liberal e reformador moderado. Em sua gestão em que reformou o sistema de treinamento primário, deu maior apoio orçamentário para melhorar a relação professor-aluno, apoiou o estudo de idiomas vivos e incentivou a alternativa para a educação clássica e estabeleceu currículos com treinamentos vocacional e profissional. Pessoalmente desenvolveu estudos relacionados com a história e ganhou reputação com a publicação do estudo erudito République de Berne et la France pendant les guerres de religion (1891) e muita popularidade com o L'Histoire de la Suisse racontée au peuple (1900). Na política foi eleito para o Conselho Principal de Berna (1882), presidente do governo cantonal (1886-1887), enquanto era membro do Conselho de Cantões da Suíça (1884-1890). a partir de então (1890) até sua morte, foi membro do Conselho Nacional, a outra câmara do corpo de legislativo central suíço. Presidiu a quarta conferência da Interparliamentary Bureau, em Berna, e patrocinou (1902) mudanças no princípio de arbitragem para tratados comerciais e concordou em inserir em todos os tratados comerciais, como em acordos alfandegários, uma cláusula que exigia que as partes interessadas ficassem submetidas ao Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia, em qualquer disputa que poderia surgir durante a operação cotidiana do tratado. Morreu em plena atividade de um colapso fulminante, em Berna, deixando uma obra escrita com outros livros como Croquis et impressions d'Amérique (1904), Développement du Bureau international permanent de la paix (1910) e Cauchemar de l'Europe (1911).

1903

William Randal Cremer
Sir William Randal Cremer (18 March 1828 – 22 July 1908) usually known by his middle name "Randal", was an English Liberal Member of Parliament and pacifist.
Cremer was elected as the Secretary of the International Workingmen's Association in 1865, but resigned two years later.
He was Liberal Member of Parliament (MP) for Haggerston in the Shoreditch district of Hackney from 1885 to 1895, and from 1900 until his death.
Cremer won the Nobel Peace Prize, the first to do so solo, in 1903, mainly for his work in international arbitration, and particularly the 1897 Anglo-American arbitration treaty. He co-founded the Inter-Parliamentary Union and the International Arbitration League.
He also won the French Légion d'honneur, the Norwegian Knighthood of Saint Olaf and was knighted in 1907.
Cremer moved to London in 1852. There his capacity for administration was recognized in 1858 when, at the age of thirty, he was elected to a council of those running a campaign for the nine-hour day; later in that year he was one of seven who directed labor during a lockout of 70,000 men. He was instrumental in forming a single union for his trade: the Amalgamated Society of Carpenters and Joiners; he participated in the formation of the International Working Men's Association but withdrew his support when the Association was taken over by more revolutionary thinkers.
Inevitably, it occurred to Cremer that labor should be actively represented in Parliament. He stood for Warwick in 1868 on a liberal platform calling for the vote by ballot, compulsory education, Irish disestablishment, direct taxation, land reform, amendment of the laws governing labor unions, creation of courts of conciliation to handle labor-management disputes and of international boards of arbitration to adjudicate disputes among nations. He was defeated then and again in 1874. But after the third Reform Bill of 1885 created the new constituency of Haggerston in suburban London, which consisted almost entirely of workingmen, he was elected to Parliament in 1885, 1886, and 1892. Defeated in 1895, he was reelected in 1900, retaining his seat until his death.Cremer used his power as a member of Parliament and his prestige as a labor leader to advance his passionate belief that peace was the only acceptable state for mankind and arbitration the method by which it could be achieved. A committee of workingmen which he formed in 1870 to promote England's neutrality during the Franco-Prussian conflict became the Workmen's Peace Association in 1871 and it, in turn, provided the keystone for the International Arbitration League, an association to which he thereafter contributed both his time and his money.
In 1887, two years after entering Parliament, Cremer secured 234 signatures of members of Commons to a resolution addressed to the President and the Congress of the United States urging them to conclude with the government of Great Britain a treaty stipulating that disputes arising between the two governments which defied settlement by diplomacy should be referred to arbitration. In that same year Cremer, heading a delegation of British statesmen, presented the resolution to President Cleveland.
The resolution excited the interest of Frédéric Passy and other French deputies who invited Cremer and his colleagues to an exploratory meeting in Paris in 1888. As a result of this meeting the Interparliamentary Union2 was formed and its first meeting held in Paris in 1889, with representatives from eight nations in attendance. Cremer was elected vice-president of the Union and secretary of the British section.
Cremer was a lonely man: his first wife died in 1876, his second in 1884; there were no children. He lived simply, enjoyed nature, worked long hours. He was also a generous man. The cash value of the Nobel Peace Prize in 1903 was about £8,000. He immediately gave £7,000 to the League of which he was secretary and later an additional £1,000.

1904

Instituto de Direito Internacional
O Instituto de Direito Internacional (do francês Institut de droit international) é uma organização internacional privada voltada para o estudo e desenvolvimento do direito internacional.
A instituição é formada por 72 associados, 60 membros e 13 membros honorários. Os membros são convidados a fazer parte da organização devido a algum trabalho científico notável em direito internacional e também não devem possuir vinculação política. A intenção da organização é reunir membros que representem cada país do mundo. Alguns de seus membros são juízes do Tribunal Penal Internacional.
Reuniões bienais são realizadas para estudar o direito internacional vigente naquele momento. Essas discussões não são focadas em casos particulares. Por tratar de temas amplos envolvendo direito internacional, como direitos humanos e resolução pacífica de conflitos através, o Prêmio Nobel da Paz de 1904 foi laureado a esta organização.
A sede atual é em Grez-Doiceau, província de Brabante Valão na Bélgica. O endereço da sede muda conforme a origem do Secretário-Geral da organização. Sua próxima reunião será realizada em outubro de 2007 na cidade de Santiago, Chile, e será presidida por Orrego Vicuña.

1905

Bertha von Suttner
A Baronesa Bertha Felicie Sophie von Suttner (Praga, 9 de Junho de 1843 - 21 de junho de 1914) foi uma escritora, pacifista e compositora de música austro-húngara.
Nascida com o nome de Bertha Felicie Sophie Gräfin Kinsky von Wchinitz und Tettau, o seu pai era o Marechal-de-Campo e Conde Franz Graf Kinsky von Wchnitiz und Tettau, que faleceu pouco antes de seu nascimento. Aos 30 anos de idade, ainda solteira, conseguiu uma colocação como dama-de-companhia e preceptora de quatro filhas e um filho do Barão von Suttner, em Viena. Apaixonou-se pelo filho, Arthur von Suttner, e foi obrigada pela família dele a deixar a casa. Estudou música, com especialização em óperas e línguas.
Em 1875, foi para Paris como secretária do industrial sueco Alfred Nobel. Depois de curta permanência lá, retornou a Viena para casar-se secretamente com Arthur von Suttner. A pressão da família do Barão obrigou-os a afastar-se de Viena, e foram então para o Cáucaso, onde se mantiveram por nove anos ministrando aulas de música e publicando livros. Escreveu ainda quatro novelas e lançou seu primeiro livro Inventarium einer Seele - Inventário de uma Alma, com ideias corroboradas por autores evolucionistas como Darwin e Spencer, incluindo o conceito social de paz. Dessa época é o livro Es Löwos, uma descrição poética de sua vida.
Em 1885, obtido o perdão da família do esposo, retornaram para a Áustria-Hungria, onde Bertha von Suttner escreveu a maioria de seus livros, incluindo muitas novelas. Sua vida foi orientada quase que unicamente para a literatura.
Em 1889, publicou anonimamente obra contendo um ciclo de conferências utópicas, que intitulou Das Maschinenzeitalter - A Idade das Máquinas, que foi criticada por muitos por seu nacionalismo exacerbado e excessivas menções a armamentos. Em seguida, apareceu o romance Die Waffen nieder! Abaixo as Armas!, que teve muito sucesso e foi traduzido para diversas línguas. Esse romance deu-lhe fama e popularidade junto ao movimento pacifista.
Em 1891, ajudou a organizar o primeiro Congresso Internacional de Paz, em Viena. Além disso, fundou a Sociedade Austríaca dos Amigos da Paz e foi eleita Vice-Presidente do Escritório Internacional da Paz, durante o 3º Congresso Mundial da Paz, em Roma.
Em 1892, fundou, juntamente com A. H. Fritar, um jornal denominado Die Waffen nieder! Abaixo as Armas!, dedicado à Paz, que circulou até 1899, quando foi substituído pelo jornal Friedenswarte, para o qual fez contribuições até sua morte. Nesse ano comprometeu-se com Alfred Nobel a mantê-lo informado do processo mundial de paz.
Bertha von Suttner, junto com seu marido, trabalhou duramente para a sustentação do Czar ao ajudá-lo na organização, desde um manifesto até a Conferência de Paz da Haia de 1899, arranjando reuniões públicas, dando forma aos comitês.
Embora golpeada pela morte de seu marido em 1902, continuou a trabalhar em prol da paz mundial.
Em 1905 foi a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel da Paz. Nos anos que seguiram fez parte proeminente do comitê anglo-alemão da juventude para a paz, dando forma ao congresso de paz de 1905.
Um de seus últimos esforços pelo movimento pacifista foi feito em 1912 quando, com quase setenta anos, fez uma segunda viagem de conferências pelos Estados Unidos.
Em agosto de 1913, afetada pela doença, a baronesa falou no congresso internacional da paz na Haia, na ocasião em que foi homenageada com o prêmio "generalíssimo" do movimento da paz. Nesse mesmo ano foi filmado o romance "Die Waffen nieder!" (Abaixo as armas!).
Em maio de 1914 ainda fez preparos para o 23º Congresso Mundial da Paz. Mas morreu antes, em 21 de junho de 1914 de câncer, dois meses antes do começo da Primeira Guerra Mundial.
De acordo com seu desejo, foi cremada em Gota e suas cinzas espalhadas ao vento.

1906

Theodore Roosevelt
Theodore "Teddy" Roosevelt, Jr. (27 de outubro de 1858, Nova York - 6 de janeiro de 1919, Nova York) foi um estadista, o 25° vice-presidente e o 26° (1901-1909) presidente dos Estados Unidos da América.
Em sua vida acadêmica estudou direito nas universidades de Harvard e de Columbia.
Início da carreira política
Aos 23 anos optou pela carreira política, sendo eleito deputado na Assembléia Legislativa do estado de Nova York.
Em 1898, abandonou o cargo subsecretário da Marinha norte-americana que ocupava quando iniciou a guerra contra a Espanha. Organizou e liderou o primeiro corpo voluntário de cavalaria, conhecido como Rough Riders, atuando em algumas batalhas em Cuba.
De governador a presidente
Roosevelt elegeu-se governador do estado de Nova York. Participou como candidato a vice-presidente na chapa de William McKinley eleito presidente dos Estados Unidos. McKinley foi assassinado em 1901 e Roosevelt assumiu a presidência do país.
Como presidente introduziu medidas de controle antimonopolista atuando como mediador na greve de mineiros de 1904.
Em 1904 foi eleito presidente dos Estados Unidos, desta vez atuou de forma expressiva na criação de reservas minerais e naturais para promover o desenvolvimento a todo custo do país. Investiu e fortaleceu a Marinha e o Exército.
O "Big Stick"
A família de Roosevelt em 1903, com Quentin Roosevelt na esquerda, TR, Theodore Jr., Archie Roosevelt, Alice Roosevelt, Kermit Roosevelt, Edith Kermit Roosevelt, e Ethel Roosevelt Derby.
Sua política externa ficou conhecida como "Big Stick" (grande porrete) devido à frase Speak softly and carry a big stick (Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete), inspirada num provérbio africano, que norteava sua posição.
Mediante esta doutrina, Roosevelt fortaleceu o país com uma indústria e um comércio agressivos cuja política visava a protegê-lo a todo custo. Acreditava que apenas os países fortes sob todos os aspectos sobrevivem.
Prevendo a tentativa de intervenção européia na Venezuela e na República Dominicana, elaborou um plano chamado de Corolário Roosevelt à Doutrina Monroe. Esta estratégia visava a proibir intervenções não-norte-americanas na América Latina, afirmando que os Estados Unidos proibiam a intervenção de quaisquer países nas Américas que não fossem eles próprios e assumiam a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações internacionais desses países transformando-os em protetorados.
O canal do Panamá
Os Estados Unidos planejavam construir um canal ligando o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, pois o transporte por terra mesmo através de estradas de ferro encarecia o preço e diminuía a competitividade dos produtos norte-americanos. O motivo, puramente comercial, era facilitar o transporte de seus produtos da costa leste para a costa oeste e vice e versa, além de encurtar o caminho para o oriente dos produtos da costa leste, e para a Europa os produtos da costa oeste.
Após levantamentos, as empresas construtoras norte-americanas e inglesas chegaram à conclusão de que a melhor rota para a obra seria na região do Panamá na Colômbia. Por uma questão de soberania nacional, a Colômbia não aceitava a construção de um canal por empresas americanas ou inglesas em seu território.
O governo americano então iniciou uma campanha visando a uma guerra separatista na Colômbia. Criou através de financiamentos grupos separatistas. Promovendo a separação do país em dois, ou seja, por razões puramente econômicas conseguiu separar a região do Panamá em relação ao território da Colômbia. Assegurando desta forma o controle norte-americano sobre a região para a construção do futuro canal do Panamá.
As invasões da República Dominicana e Cuba e as tentativas de intervenção
Em 1905 praticou a intervenção militar na República Dominicana. Em 1906 invadiu Cuba por motivos torpes.
Roosevelt tentou invadir e criar desestabilizações em países mais desenvolvidos que os da América central, financiando e incentivando a ida de empresas estado-unidenses de cunho totalmente extrativista à outras regiões, inclusive para a América do Sul, no Brasil e na Argentina. Além disso intervir na Ásia, mas foi suficientemente cauteloso no trato com potências mais desenvolvidas, mediando as negociações de paz relativas à guerra russo-japonesa de 1904-1905 cujo objetivo era equilibrar os poderes no leste da Ásia favorecendo assim seu comércio.
Prêmio Nobel da Paz
Em 1906, foi o primeiro americano a receber o Prêmio Nobel da Paz.
O abandono da política
Quando acabou o seu mandato, Roosevelt apoiou William Howard Taft para a presidência dos Estados Unidos. A questão era que Taft era extremamente conservador e Theodore Roosevelt acabou se opondo à sua política. Desta forma houve uma cisão no Partido Republicano e o enfrentamento pessoal com Taft. Candidato pelo Partido Progressista, Roosevelt perdeu as eleições de 1912 para o democrata Woodrow Wilson
.

1907

Ernesto Teodoro Moneta
Jornalista idealista e político pacifista italiano nascido em Milão, então no Império Austríaco, que foi um dos presidente da Liga Lombarda pela Paz e vencedor do Prêmio Nobel da Paz (1907) por seu trabalho como presidente da L.L.P, que ele ajudara a fundar (1887), dividido com Louis Renault (1843-1918). De uma família de milaneses aristocráticos decadentes, passou sua infância em duas casas rurais em onde a família empobrecida vivia sem luxo. A idade de quinze anos foi profundamente afetado pelas experiências da insurreição contra a Áustria, quando lutou ao lado do pai para defender a casa familiar dele e viu de perto a morte de três soldados austríacos. Esta experiência foi provavelmente a motivação de sua advocacia pela paz, porém com um nacionalismo próprio dele. Lutou muito tempo pelos esforços para independência italiana e sua unificação (1848-1866), lutando (1859-1860) com Garibaldi e depois como ajudante-de-campo do General Sirtori. Desiludido com a campanha militarista abandonou uma promissora carreira no exército (1866) e voltou a vida de civil, embora permanecesse pessoalmente leal a Sirtori. Passou a contribuir para jornal diário Il Secolo, fundado (1866) por Edoardo Sonzogno, no qual foi editor (1867-1895). No jornalismo e como editor de Il Secolo mostrou todo o seu dinamismo e idealismo e alimentou sua veia pacifista. Além da L.L.P, ajudou a fundar várias instituições pacifistas de durações efêmeras. Criou um almanaque anual chamado L'Amico della pace (1890) e depois de sua aposentadoria como editor de Il Secolo (1895), continuou contribuindo com colunas e artigos para folhetos e periódicos. Tornou-se representante italiano na Comissão da Agência de Paz Internacional (1895) e fundou uma revista quinzenal, La internazionale de Vita (1898), que ganhou muito prestígio na Itália. Ensinou na Universidade Popular da Itália e planejou e construiu o Pavilhão para Paz na Exposição Internacional de Milão (1906) durante a qual presidiu o décimo quinto Congresso de Paz Internacional. Sofrendo de glaucoma (1900-1918), não chegou a cegueira total e sucumbiu de pneumonia à idade de oitenta e cinco anos, em Milão. Entre outras publicações suas destacaram-se Patria e umanità (1899), Irredentismo e gallophia (1903), Le guerre, le insurrezioni e la pace nel secolo decimonono (1903-1910), La nostra pace (1909), Dal presente all' avvenrie (1913) e L'ideale della pace e la patria (1913).