domingo, 14 de dezembro de 2008

1994

Yasser Arafat
Yasser Arafat (Cairo, 24 de Agosto de 1929 — Clamart, 11 de Novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das facções da OLP, anteriormente uma organização terrorista, e co-detentor do Prémio Nobel da Paz.
Nascido Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat al-Qudwa al-Husseini, também conhecido como Abu Ammar, Arafat foi um dos sete filhos de um comerciante. O estabelecimendo da data e local de nascimento de Arafat são controversos. O seu registro de nascimento indica que ele nasceu no Cairo, Egipto, a 24 de Agosto de 1929. No entanto, alguns ainda tomam por verdadeira a afirmação de Arafat de que nasceu em Jerusalém a 4 de Agosto de 1929.
Arafat viveu a maior parte da sua infância no Cairo, com a excepção de quatro anos (após a morte de sua mãe, entre os seus 5 e 9 anos) em que ele viveu com o seu tio em Jerusalém.
Ele frequentou a Universidade do Cairo, onde se formou como engenheiro civil. Nos seus tempos de estudante, ele aderiu à Irmandade Islâmica e à associação de estudantes, da qual foi presidente entre1952 e 1956.
Ainda durante a sua estadia no Cairo, ele desenvolveu uma relação próxima com Haj Amin Al-Husseini, também conhecido como o Mufti de Jerusalém. Em 1956, Arafat serviu no exército egípcio durante a Crise do Suez. No Congresso Nacional Palestiniano no Cairo em 3 de Fevereiro de 1969 Arafat foi nomeado líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Arafat casou-se já nos seus anos mais tardios com uma Palestiniana cristã. Sua esposa, Suha Arafat, deu à luz uma criança do sexo feminino (Zahwa). A sua esposa e filha vivem actualmente em Paris. Suha Arafat tornou-se recentemente cidadã francesa.
A criação da Fatah
Após a crise do Suez, Arafat foi viver no Kuwait, onde encontrou emprego como engenheiro e acabaria por fundar a sua própria empresa. No Kuwait ele esteve também envolvido na criação da Fatah, uma organização dedicada ao estabelecimento de um estado palestiniano independente e à destruição de Israel. Em 1963, a Fatah foi contratada pela Síria, para levar a cargo a sua primeira operação militar - fazer explodir uma bomba de água em Dezembro de 1964. O ataque foi um falhanço. No entanto, após a Guerra dos Seis Dias de 1967, os governos árabes ganharam um interesse maior pelas organizações palestinianas, uma das quais a Fatah.
Durante a década de 1980, Arafat recebeu o apoio de Saddam Hussein, o ditador do Iraque, que lhe permitiu reanimar uma OLP seriamente abalada por uma derrota militar. Este apoio veio em bom tempo, e coincidiu com o início da Primeira Intifada, que teve lugar em Dezembro de 1987. Dentro de poucas semanas, Arafat estava em controlo dos motins (em contrário das suas afirmações de que o seu início tinha sido espontâneo), e foi sobretudo devido à acção das forças da Fatah na Cisjordânia que os distúrbios continuaram por tanto tempo.
Entretanto foi levado a cabo o Acordo de Paz de Oslo de 1993, que estipulava a implementação da auto-administração Palestiniana na Cisjordânia e na Faixa de Gaza num período de cinco anos. No ano seguinte, numa decisão controversa, Arafat recebeu o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Shimon Peres e Yitzhak Rabin. Em 1994, Arafat deslocou-se para a Autoridade Palestiniana (AP) - a entidade provisional criada pelos acordos de Oslo. Na sequência dos Acordos de Oslo, decorreram em 1996, as primeiras eleições para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina, onde Arafat foi eleito Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, a entidade criada pelos acordos.
Yasser Arafat, morreu dia 11 de Novembro de 2004 às 3h30, aos 75 anos, com falência múltipla dos órgãos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris, de acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital. A morte de Arafat, o mais importante líder palestino, marca o fim de uma era de resistência e enfrentamentos com os israelenses para a criação de um Estado palestino no Oriente Médio. Considerado um líder de intenções dúbias pelos israelenses, Arafat não preparou um sucessor e se mostrou relutante em ceder poderes. Arafat afirmava que era o principal empecilho para pôr fim ao conflito israelo-palestino.
Shimon Peres
Shimon Peres (Wiśniewo, 2 de agosto de 1923) é um político israelense, ex-membro do Partido Trabalhista. Ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1994. É o actual presidente de Israel.
Shimon Peres foi primeiro-ministro de Israel nos períodos de 1984 a 1986 e 1995 a 1996 e co-fundador do Partido Trabalhista israelense (1968).
Shimon Peres foi eleito a 13 de Junho de 2007 para exercer o cargo de presidente de Israel, tomando posse a 15 de Julho de 2007.
Em 1993 Israel ainda participava das Conversações em Madrid que não avançavam e não apresentavam quaisquer resultados.
Yossi Beilin informou a Peres sobre a existência de negociações secretas com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e este compartilhou a informação com Yitzhak Rabin. Em Agosto de 1993 Peres e Mahmoud Zeidan Abbas assinaram o primeiro acordo em Oslo.
Em Setembro de 1993 foi assinado na Casa Branca o Acordo de Paz de Oslo.
No ano seguinte, Shimon Peres recebeu o Prémio Nobel da Paz juntamente com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat.
Em 1993 Peres publicou seu livro "O Novo Oriente Médio". Neste livro, ele transmite sua visão sobre o futuro do Oriente Médio, no qual interesses nacionais e económicos seriam os guardiães da Paz nesta zona.
O nome do livro passou a ser uma expressão utilizada, em especial por parte dos direitistas de Israel, como fantasia irreal e contra as ideias contidas neste livro.

Acordo de paz de Oslo
O acordo de paz de Oslo foi o primeiro acordo celebrado cara-a-cara entre israelitas e palestinianos. Foi inicialmente assinado em Oslo, na Noruega, a 20 de Agosto de 1993 e subsequentemente oficializada a sua assinatura numa cerimónia pública em Washington a 13 de Setembro do mesmo ano entre Yasser Arafat e Yitzahk Rabin mediados por Bill Clinton que se comprometiam a realizar esforços para a realização da paz entre os dois povos. Em suma, o Acordo de Oslo deu origem a uma retirada faseada das forças militares israelitas da Margem Ocidental, ao estabelecimento de uma autoridade governamental palestiniana, com membros eleitos, e a um período transitório que duraria cinco anos, durante o qual seriam negociados os assuntos mais difíceis e mais específicos. As questões sobre Jerusálem, os refugiados, os colonatos, a segurança e as fronteiras seriam debatidas num estágio mais avançado. Já a questão da governação seria dividido por áreas.
Uma Área A em que o controle total estaria a cargo da Autoridade Palestiniana; Área B o controle civil caberia á Autoridade Palestiniana e o controlo civil seria realizado pelas autoridades israelitas; Área C em que a autoridade era completamente exercida por parte de Israel.

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