domingo, 14 de dezembro de 2008

2004

Wangari Maathai
Wangari Muta Maathai, nascida em 1 de abril de 1940, em Nyeri, Quênia, é uma activista política do meio-ambiente. Em 2004 ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela "sua contribuição ao desenvolvimento sustentável, democracia e paz", tornando-se a primeira mulher africana a receber o prémio.
"Maathai permanaceu corajosamente contra o antigo regime opressivo no Quénia", o Comité Nobel Norueguês anunciou numa declaração anunciando-a como a vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2004. "As suas formas de acções únicas contribuíram para chamar a atenção à opressão política - nacional e internacionalmente. Ela serviu como uma inspiração para muitos na luta por direitos democráticos e tem especialmente encorajado as mulheres a melhorar sua situação."
Controvérsia
Maathai causou controvérsia entre os comentadores da mídia, quando numa conferência de imprensa seguinte ao anúncio do Prémio Nobel, ela falou em favor da alegação de que o vírus HIV era um produto criado pelo homem através de Bioengenharia, e então lançado na África por cientistas ocidentais não-identificados como uma arma de destruição em massa para "punir os negros". A alegação foi apoiada apenas por uma pequena minoria, e é uma das várias teorias conspiratórias sobre a AIDS. Desde então ela tem fugido de uma posição definitiva: "Eu não sei sobre a origem... E espero que um dia saibamos, porque é algo que obviamente todos queremos saber - de onde vem a doença".
Maathai foi premiada pela permanente luta contra o desmatamento, um factor de pobreza e instabilidade na África. Embora pouco conhecida mundialmente, ela foi reconhecida depois de vários pesos pesados da política mundial, como o ex-presidente americano Jimmy Carter e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.Bióloga, a africana é vice-ministra do Meio Ambiente do Quénia e responsável por projectos de reflorestamento no país. Em meados dos anos 70, Maathai criou o Movimento Cinturão Verde, no seu país, com a intenção de promover e proteger a biodiversidade africana, criando empregos, particularmente em áreas rurais, e promovendo o papel da mulher na sociedade. O movimento também plantou mais de 30 milhões de árvores na África.Por sua actuação em defesa do meio ambiente, Maathai já foi presa diversas vezes. A professora costuma dizer que "quando se começa a trabalhar seriamente em temas ambientais, a arena passa a ser os direitos humanos, os direitos das mulheres, os direitos ambientalistas, os direitos das crianças, isto é, os direitos de todo mundo". "Uma vez que se começa a realizar essas associações, já não se pode continuar simplesmente plantando árvores", acrescenta.Em Março, a ecologista ganhou o Prêmio Sophie 2004, reconhecimento norueguês para esforços ambientalistas ou de desenvolvimento.

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